Deste modo, nao se constituiram em surpresas as campanhas mediocres no campeonato estadual de 95 - quando o Vasco deveria estar tentando o tetracampeonato - e no estadual de 96, nem as piores colocacoes obtidas pelo clube na historia dos campeonatos brasileiros - em 95 e 96 o clube terminou perto da zona de rebaixamento. Os treinadores, que nestas ocasioes sao sempre os bodes expiatorios, passaram a nao esquentar lugar em Sao Januario: foram nada menos de quatro tecnicos em 95 e cinco em 96. O ano seguinte seria de eleicoes, a politica interna comecava a ferver e a torcida fazia protestos contra a administracao do clube.
Porem houveram algumas excecoes a estas tendencias, que fizeram com que o Vasco escapasse deste cenario sinistro, que lembrava um pouco as fases passadas na decada de 60. No meio de tantas pessimas contratacoes, umas poucas acabaram sendo acertadas. Em 95, o passe de Juninho, da selecao brasileira de juniores, foi comprado do Sport Recife. Em meio ao campeonato brasileiro de 96, foi contratado o meia Ramon, eficiente jogador que estava ha' alguns anos na Europa. Mas a melhor contratacao, que devolveu ao Vasco o idolo que a torcida precisava desde a saida de Valdir para o Sao Paulo, foi a volta de Edmundo. Depois de continuar se destacando no Palmeiras, ele havia passado duas temporadas muito ruins no Flamengo e no Corinthians. Quase no fim de 96, com o clube claudicando no campeonato brasileiro, a volta de Edmundo foi concretizada, e ele logo demonstrou do que era capaz ao marcar tres gols numa goleada por 4 a 1 sobre o Flamengo.
Mesmo com Edmundo, o elenco ainda deixava a desejar. Apos mais uma campanha mediocre no baguncado campeonato estadual de 97, a diretoria concluiu que a unica chance de ser reeleita para o importante mandato do centenario do clube seria formar um time forte, capaz de ser um real candidato ao campeonato brasileiro. Consequentemente, as negociatas com empresarios de jogadores foram substituidas (pelo menos para a ocasiao) por contratacoes responsaveis, ainda que por emprestimo, visando a preencher as posicoes carentes do time. Outra decisao acertada foi a de interromper o circulo vicioso das trocas sucessivas de tecnicos e deixar que o trabalho do tecnico pudesse usufruir de continuidade. Como nao acontecia ha' mais de dez anos, finalmente o Vasco atravessaria alguns anos tendo um unico tecnico, Antonio Lopes.
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