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A escassez de craques na decada de 60

Almir tornou-se o grande idolo vascaino, mas acabou se envolvendo numa serie de episodios que deram-lhe a fama de jogador violento. Primeiro, foi o pivo de um enorme sururu no jogo Brasil 3x1 Uruguai, no Sul-Americano de 1959 em Buenos Aires. Cinco meses depois, numa partida contra o America, houve um lance de bola dividida com o jogador Helio, que saiu com a perna fraturada e nunca mais voltou a jogar. Apesar disso, a categoria do "Pernambuquinho" era incontestavel, chegando a ser denominado "Pele' Branco". Finalmente, em marco de 1960, o Vasco teve que o liberar mediante uma proposta irrecusavel por parte do Corinthians.

O Vasco tambem nao resistiu a outras propostas que acabaram tirando do clube as suas principais estrelas. Para reforcar o time, uma grande quantidade de jogadores "bonzinhos" ia sendo contratada e, na medida em que iam fracassando, eram substituidos por mais "bonzinhos". Por outro lado, a qualidade da prata da casa, que durante decadas havia sido constituida por craques em profusao, comecou a decair, e o clube entrou numa longa fase negativa, agravada pela tensao politica na administracao.

Durante a decada de 60 os melhores jogadores projetados pelo clube foram os zagueiros Brito e Fontana, que fariam parte da selecao tricampea mundial em 1970 apos deixarem o clube no ano anterior, e o atacante Celio, que, depois de chegar a ser testado na selecao, foi vendido para o Nacional de Montevideu, onde tornou-se um idolo. Poucos craques para quem estava acostumado a tanta fartura.

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